domingo, 11 de novembro de 2012

GNOME volta a ser o desktop environment padrão no Debian e do Linus Torvalds


Em meados de agosto foi anunciado que o Debian passaria a adotar o Xfce em vez de GNOME em seu tasksel no Git. A razão para a mudança devia-se ao fato do XFCE possuir uma quantidade menor de pacotes que o GNOME de modo que sua área de trabalho caberia inteiramente no primeiro CD de instalação do Debian enquanto que o GNOME só tenderia a crescer e teria de ser dividido entre os dois primeiros CDs

Houveram muitas especulações a partir desse anúncio, alguns até apontando que os desenvolvedores do Debian estavam desgostosos com o GNOME, que este estava fadado ao fracasso, etc, etc. Na verdade, segundo as threads nas listas de discussões do GNOME, tudo não passava de um esforço articulado na tentativa de abalar a credibilidade do GNOME para com seus usuários para que um outro desktop pertencente à uma determinada empresa acabe por dominar o nicho do open source. Teorias conspirativas à parte, o fato é que os desenvolvedores não ficaram de braços cruzados e botaram a mão na massa para a solução desses problemas.

Passaram-se pouco mais de dois meses desde então, o terceiro beta do debian install foi lançado tendo a equipe de desenvolvedores conseguido empurrar mais pacotes do GNOME  para o 1º CD de instalação e o GNOME está de volta como o tasksel padrão. Com um commit feito no final de outubro, é descrito simplesmente como "again revert xfce default (mais uma vez reverter padrão xfce)".

Claro, o XFCE continuará disponível, mas o GNOME volta a ser novamente o padrão como "o ambiente de trabalho para instalar quando a tarefa desktop está selecionada."  

Provavelmente nem todos os usuários do Debian estão sabendo que o GNOME agora não possuirá mais seu fallback mode, o que irá exigir que os usuários tenham uma GPU de aceleração 3D, ou então serão forçados a usarem LLVMpipe. Entretanto, essa mudança não é válida para o Wheezy, já que essa mudança é para o GNOME 3.8, enquanto que o Debian 7 está com a versão 3.4.

Em tempo, há também a notícia de que Linus Torvalds novamente voltou para o GNOME depois de um curto período de tempo aventurando-se no desktop KDE. Segundo as próprias palavras de Torvalds:

"Eu tenho que dizer, as coisas estão muito melhor agora do que eram há um ano, estou realmente voltando a usar o Gnome 3, eu não gostei de algumas outras coisas que eles fizeram, mas eles foram corrigindo problemasagora ainda existem extensões que são ainda muito difícil de encontrar, mas há extensões que você pode fazer a sua área de trabalho parecer quase tão boa como costumava olhar 2 anos atrás."

Nada como um dia atrás do outro!

 Fonte: World of GNOME

9 comentários:

  1. Excelente notícia, Lex! Tenho utilizado o Gnome Shell e não tenho o que reclamar. Alguns colegas da pós-graduação até já perguntaram que ambiente desktop eu estava utilizando... acharam bonito e quizeram experimenta-lo. Vida longa ao Gnome Shell e à aceleração 3D nas placas de vídeo! Meus jogos Frozen Bubble e Power Manga agradecem! :D

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  2. Acho que em breve vou atualizar meu Debian do 6 para o 7, e começar a usar o Gnome Shell.

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  3. Em nenhum momento o gerenciador de desktop gnome deixou de ser padrao no Debian.

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  4. Isso foi cogitado sim, @facebook-100000028457197:disqus, para as mídias de instalação em CD.

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  5. O MATE é uma alternativa como outra qualquer, @facebook-1848725206:disqus.

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  6. Nada como um alt+shift+f12 do kde para desligar/ligar os efeitos, Gnome/GTK estam muito atraz do KDE/QT4.

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  7. concordo, se for algum dia pra tirar o Gnome do padrão do Debian, o MATE é a melhor opção por ser igualzinha o Gnome 2

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  8. Boas (do outro lado do oceano)! Blog muito bom que tens por aqui!

    Conheces alguma forma de fazer update ao Gnome 3.4 que vem com o Debian "testing" para o 3.7.x ou 3.8?

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